Em nossos dias há um excesso de tecnocracia, um exagero da técnica, da máquina, do cálculo, do mercado, de consumismo. Vamos deixando em segundo lugar a centralidade, a dignidade e a primazia da pessoa humana. Nosso progresso e desenvolvimento econômico não é acompanhado pelo progresso humano integral que enfoca a ética, a cordialidade,  os sentimentos, a religiosidade,  a mística.

 

 O resultado de tudo isso se expressa na depressão, no vazio existencial no desmantelamento da natureza, na desestruturação da família. Temos medo de ter filhos e medo de envelhecer. Aumentam as desigualdades sociais. Deus se tornou inútil, estorvo, invenção dos fracos e dos perdedores. Eis a invasão do laicismo.

 

Por defasagem de um humanismo integral, o dinheiro é o ídolo mais adorado e o prazer tomou o lugar da verdade. O que interessa é aquilo que agrada e satisfaz. Em vez de crescermos na lógica do personalismo, criamos o pior de todos os monstros: o individualismo,  o reino do “eu”.  Nesta lógica, o outro não é um irmão, um dom, um amigo, mas, um concorrente, uma ameaça, um inimigo.

 

Estamos vivenciando a queda da nossa civilização. É hora de escutar os profetas do humanismo, deixar-se tocar pela humanidade dos santos, aprender a ser humanos  com Jesus Cristo. Acolhamos as propostas humanizadoras do Papa Francisco que nos pede para superar a indiferença. Humanismo integral significa: aceitação de si, fraternidade com os outros, cuidado com a criação e comunicação com Deus. O humanismo zela pela vida,  desde a fecundação até seu fim natural. Seus pilares são: a gentileza, a autoestima, a consciência ecológica, a tolerância, a cortesia, a solidariedade.

 

Ser humano é chorar com os que choram, é alegrar-se com os que se alegram, é ter compreensão com os outros, é acolher a diversidade e a pluralidade. Quanto mais seguirmos Jesus, mais peritos  em humanidade seremos.