A Liturgia pela qual, especialmente no sacrifício eucarístico, «se opera o fruto da nossa Redenção» (IX Dom. d. Pentec., oração as oblatas), contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos (cf. Hb 13,14). A Liturgia, ao mesmo tempo que edifica os que estão na Igreja em templo santo no Senhor, em morada de Deus no Espírito (cf. Ef 2, 21-22), até à medida da idade da plenitude de Cristo (cf. Ef 4,13), robustece de modo admirável as suas energias para pregar Cristo e mostra a Igreja aos que estão fora, como sinal erguido entre as nações (cf. Is 11,12), para reunir à sua sombra os filhos de Deus dispersos (cf. Jo 11,52), até que haja um só rebanho e um só pastor (cf. Jo 10,16). (SC)

 

Diante do enunciado acima, extraído da Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium – Sobre a Sagrada Liturgia, vemos a importância e a riqueza da liturgia de nossa Igreja. Sendo assim, recentemente, nosso Arcebispo Dom Orlando Brandes emanou para nossa Arquidiocese de Aparecida, algumas Orientações Litúrgicas. As mesmas contribuirão para que todos os fiéis participem de forma plena, ativa e frutuosa em nossas celebrações, sabendo que toda celebração litúrgica é para a glória de Deus, a santificação da Igreja e a salvação do mundo. Deus deve ser louvado com arte e devoção.

 

Essas Orientações Litúrgicas de nossa Arquidiocese trazem instruções acerca do ambiente antes da missa, como, por exemplo: os testes e afinação de instrumentos e som; ornamentação; fotógrafos e filmadores; traje adequado; o ambiente da sacristia, entre outras. São dadas também orientações sobre o que é e como deve ser a procissão de entrada, bem como, diretrizes para  o comentarista; o presidente da celebração; leitores e salmistas; o canto e os cantores; a maneira como deve ser elaborada a oração dos fiéis; sobre o canto das oferendas, e ainda, algumas orientações a respeito dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.

 

O documento traz, também, orientações gerais e específicas sobre o canto litúrgico na Arquidiocese de Aparecida, no que se refere aos cantos da missa, casamentos e concertos nas Igrejas. O objetivo é que os fiéis compreendam, de forma adequada, o papel da música litúrgica em nossas comunidades; orientar; preparar e corrigir eventuais falhas. A música está em íntima ligação com a liturgia. Por isso, pede-se e espera-se que estas orientações encontrem boa aceitação por parte daqueles a quem se destinam: pastores, músicos e cantores, e produza frutos em nossas comunidades eclesiais.

 

Há, ainda,  normas  para a celebração do Sacramento da Crisma, esperando também que estas sejam observadas, visando sempre o respeito e esmero pela Liturgia.

 

No momento, essas normas estão sendo estudadas nas paróquias de nossa Arquidiocese, junto a Pastoral de Liturgia Paroquial. Além disso, teremos, em âmbito arquidiocesano, um momento de reflexão e aprofundamento dessas normas. Esta formação acontecerá nos dias 22 e 29 de novembro próximo, das 19h30 às  21h30, no CAP (Seminário Bom Jesus), em Aparecida, promovido pela Pastoral Litúrgica Arquidiocesana.